
O São Paulo enviou um ofício à CBF solicitando a liberação dos áudios da comunicação entre o árbitro Ramon Abatti Abel e o responsável pelo VAR, Ilbert Estevam da Silva, referentes a cinco lances polêmicos do clássico contra o Palmeiras, vencido pelo rival por 3 a 2, no último domingo (6), no estádio do São Paulo.
De acordo com o clube, a intenção é entender os critérios utilizados pela arbitragem nas decisões que, segundo a diretoria tricolor, influenciaram diretamente no resultado da partida. A CBF respondeu que irá pedir autorização à Fifa para liberar os áudios, já que o protocolo da entidade só permite a divulgação de conversas quando há recomendação de revisão no monitor — o que não ocorreu em nenhum dos lances contestados.

O São Paulo questiona cinco situações específicas:
- A expulsão de Andreas Pereira por falta em Marcos Antônio;
- Um suposto pênalti de Allan em Tapia;
- Uma falta em Tapia na origem do primeiro gol palmeirense;
- Dois lances envolvendo Gustavo Gómez — uma cotovelada e um pisão sobre Tapia;
- Um carrinho de Raphael Veiga em Enzo Díaz, considerado “desproporcional” pelo clube.
O presidente Julio Casares afirmou que a divulgação dos áudios seria “um passo necessário para restaurar a credibilidade da arbitragem”. “Vamos reconhecer, com a demonstração desse áudio, que a nossa arbitragem está chegando ao fundo do poço. E que mostrar esse áudio é o começo de uma mudança”, declarou o dirigente.
Casares conversou por telefone com o presidente da CBF, Samir Xaud, e também com o coordenador-geral da Comissão de Arbitragem, Rodrigo Cintra, no domingo. Na segunda-feira (7), Rui Costa, executivo do São Paulo, participou de uma reunião online com Cintra e o gerente técnico do VAR, Péricles Bassols, que apresentaram as justificativas da arbitragem.
Com a derrota no Choque-Rei, o São Paulo segue com 38 pontos e se afasta do grupo dos seis primeiros colocados, que garantem vaga na próxima edição da Copa Libertadores.
*Com informações do Estadão Conteúdo