
Um dos principais encontros internacionais do mercado imobiliário, o CIMI360, movimentou a capital paulista nesta semana ao reunir investidores, incorporadoras e redes hoteleiras de mais de 20 países. O evento, que se consolida como o principal fórum de real estate da América Latina, discutiu inovação, sustentabilidade e o avanço de modelos que unem turismo e moradia de alto padrão.
Entre os debates mais acompanhados, o projeto Maraey, localizado em Maricá no Rio de Janeiro l, foi citado como exemplo de empreendimento que conecta essas frentes. O CEO do projeto, Emilio Izquierdo, participou de painéis sobre sustentabilidade e destacou o momento de retomada do país no cenário global. “O Brasil está se reposicionando como um mercado estratégico. Existe demanda global por destinos sustentáveis, e o país tem ativos naturais e sociais únicos para isso”, afirmou Izquierdo.
Durante o congresso, o executivo também ressaltou que o crescimento do setor deve vir acompanhado de responsabilidade ambiental e social. “Todo projeto precisa ser regenerativo. Em Maraey buscamos conciliar retorno econômico, preservação ambiental e inclusão social. Essa é a nova lógica dos investimentos de longo prazo”, completou.
Mercado em expansão
O segmento de imóveis residenciais de alto padrão deve movimentar cerca de US$ 30 bilhões no Brasil em 2024, com crescimento médio de 6,5% ao ano até o fim da década, segundo dados do mercado. No cenário global, o modelo de residências de marca (branded residences) — propriedades associadas a marcas hoteleiras — cresceu 150% nos últimos dez anos, impulsionado pela busca de investidores por ativos que unem localização, experiência e valorização.
Sustentabilidade no centro das discussões
A sustentabilidade dominou os debates do CIMI360. O evento premiou projetos com práticas inovadoras e abriu espaço para discutir como megainvestimentos podem se alinhar a metas ambientais e sociais. Izquierdo defendeu que o setor privado tem papel decisivo nesse processo. “Hoje, sustentabilidade não é custo — é condição de viabilidade. Investidores internacionais estão cada vez mais atentos a indicadores de impacto e regeneração”, disse.

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Brasil no mapa global
A presença de grandes marcas internacionais, fundos de investimento e representantes de governos locais reforçou a percepção de que o país vive uma janela de oportunidade. O litoral brasileiro, em especial o Rio de Janeiro, volta a ser apontado como destino estratégico de turismo e negócios, com potencial de atrair capitais voltados à economia verde e à hospitalidade de luxo. “O Brasil volta ao mapa dos investidores internacionais, mas com uma exigência maior de transparência e sustentabilidade”, avaliou um consultor presente ao evento.
Impacto regional e projeção internacional
Em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, o Maraey é visto por analistas como um dos exemplos mais emblemáticos desse novo ciclo. O empreendimento prevê um investimento estimado em bilhões de reais na primeira fase e tem expectativa de gerar milhares de empregos diretos e indiretos. A previsão é que, quando em operação plena, o complexo receba mais de 500 mil turistas por ano, reforçando o papel do Rio de Janeiro como um dos principais destinos turísticos da América Latina.
O projeto — que combina preservação ambiental, infraestrutura urbana e parcerias internacionais — foi citado por especialistas no congresso como um exemplo de como o Brasil pode conciliar crescimento econômico, turismo sustentável e investimento estrangeiro.