
O número de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave — ou seja, que passam fome diariamente — atingiu o menor nível em 20 anos, segundo dados de 2024 do IBGE. Cerca de 2 milhões de pessoas deixaram de estar nessa situação em um ano, representando uma queda superior a 23%. No total, a insegurança alimentar grave atinge 2,5 milhões de domicílios no país. Os avanços permitiram que o Brasil saísse do Mapa da Fome da ONU em agosto de 2025. O Governo Federal celebrou o resultado. O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, atribuiu a melhora à produção de alimentos, controle de preços e programas sociais como o Bolsa Família.
Apesar da melhora, o problema de insegurança alimentar (em níveis leve, moderado ou grave) ainda afeta cerca de um em cada quatro lares brasileiros. O perfil das famílias mais atingidas revela profundas desigualdades:
– Gênero e Raça: Nos lares com insegurança alimentar, 60% são chefiados por mulheres e 70% por pessoas negras ou pardas.
– Trabalho e Renda: Predominam trabalhadores informais (autônomos, domésticos e sem carteira) e responsáveis com baixo nível de escolaridade.

O estudo do IBGE também apontou que a insegurança alimentar, em todos os seus níveis, é maior na área rural do que na urbana
*Com informações de Lucas Martins
*Reportagem produzida com auxílio de IA