Queen é uma banda que resistiu à morte de seu vocalista e permanece produzindo e se apresentando até os dias atuais. Depois da ida de Freddie Mercury, Paul Rodgers assumiu os vocais e, atualmente, Adam Lambert é quem faz este papel, com maestria. A turnê Queen + Adam Lambert tem dado muito certo e, por mais que tenham perdido uma das maiores vozes de todos os tempos, os integrantes mostraram uma capacidade digna de se adaptar e superar os desafios que o tempo implicou.
No entanto, evidentemente, existe um apego à formação clássica da banda, que permanece no imaginário coletivo ao se pensar em Queen: Freddie Mercury, Brian May, John Deacon e Roger Taylor. E, para celebrar o primeiro álbum autointitulado do grupo, a banda compartilhou, na semana passada, um videoclipe de “Liar”.
O álbum de estreia do grupo foi remixado e restaurado, neste ano, para soar do jeito que a banda queria, na época em que foi feito.“Esta não é apenas uma remasterização”, disse Brian May na divulgação do CD, “esta é uma nova reconstrução de 2024 de todo o álbum de estreia do Queen, que, com o benefício da retrospectiva, renomeamos QUEEN I”.
A coleção de seis CDs reúne 63 faixas, incluindo 43 mixagens inéditas, demos gravadas ao vivo, registros nunca antes lançados e a tracklist original. “Todas as performances são exatamente como apareceram originalmente em 1973, mas cada instrumento foi revisitado para produzir os sons ambientes ‘ao vivo’ que gostaríamos de usar originalmente”, diz May sobre a nova reedição. “O resultado é Queen como soaria com o conhecimento e a tecnologia de hoje – uma estreia. Queen I é o álbum de estreia que sempre sonhamos em trazer para vocês.”
A história desta apresentação memorável
Em 1974, o Queen apresentou-se no Rainbow Theatre, de Londres. O jornalista musical britânico Colin Irwin compareceu ao show e fez uma crítica a ele para o jornal Melody Maker, resgatada pelo site UDiscover Music. Confira alguns trechos interessantes, que nos teletransportam àquele momento ao descrever o ambiente e a energia de um Queen em ascensão:
“O Queen conseguiu. Ninguém está mais ciente disso do que Mercury, que sai, de cabeça erguida, braços erguidos, parecendo mais do que satisfeito por completar uma boa noite de trabalho. Ele suou impiedosamente, apostou sua reivindicação de se tornar uma estrela poderosa e dois dedos para qualquer um que ouse duvidar disso.”
O público era extremamente jovem, de acordo com Irwin. “Seu apelo é diversificado. Na plateia havia jovens de 14 e 15 anos, mas havia muitos em torno dos 20. Eles fazem um grande show de serem duros e pesados e, como tal, chegam ao adolescente mais jovem que gosta de pensar que é progressivo e moderno. Mas, pensando bem, eles provavelmente não são mais criativos do que Nazareth ou mesmo Geordie. Musicalmente eles não estão fazendo nada de especial.
Há momentos em que soam influenciados pelo The Who e momentos em que estão mais próximos do Zeppelin. Mas seu set é intercalado com coisas mais animadas como Great King Rat e Keep Yourself Alive para torná-lo palatável para aqueles que foram atraídos pelo sucesso do single. E os roqueiros também encontrarão muito para mantê-los felizes. Por mais limitados e sem originalidade que possam ser, eles parecem certos de torná-lo muito maior ainda.
Queen inspiram o tipo de adulação para fazer os meninos persuadirem suas mães a bordar a palavra Queen em suas jaquetas jeans. Para fazer as garotas gritarem e pularem de seus assentos para tentar alcançá-los. Para fazer as pessoas irem às suas lojas de discos aos milhares e pedirem uma cópia de Seven Seas of Rhye ou do álbum Queen 2.”
O show foi um sucesso e o resto é história. Como previu perfeitamente Irwin, em seu texto: “Eles parecem prontos para ficar por aí por muito mais tempo do que muitas das pessoas que encontram fama repentina. Com um vocalista chamado Freddie Mercury, como eles poderiam deixar de ser estrelas do rock?”
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