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Uma nova pesquisa publicada na revista Nature Communications reforça que alterações no olfato podem ser um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer. Segundo o estudo, essas mudanças aparecem antes mesmo dos sintomas de memória ou confusão mental.
O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade Luís Maximiliano, de Munique, na Alemanha. Na pesquisa, eles analisaram camundongos modificados geneticamente para terem a doença, tecido cerebral humano de pacientes que tinham Alzheimer e de pessoas saudáveis.
O que eles descobriram é que a degeneração precoce de um conjunto específico de neurônios ligados ao olfato ocorre nas fases iniciais da doença. Os cientistas observaram que esses danos surgem antes mesmo da formação das placas de proteína β-amiloide, conhecidas por estar associadas ao Alzheimer.
O que a pesquisa descobriu?
Os pesquisadores investigaram uma região do tronco cerebral chamada locus coeruleus, que é responsável por produzir noradrenalina. Ela é um neurotransmissor essencial para funções como atenção, resposta ao estresse e sensibilidade olfativa.
Em testes com camundongos geneticamente modificados para simular a doença, os cientistas notaram que os axônios ligados ao olfato começaram a se degenerar logo nos primeiros meses de vida, muito antes de aparecerem outras alterações cerebrais. Em cerca de um ou dois meses.
Além disso, os camundongos com essa degeneração precoce perdiam a capacidade de identificar cheiros, mesmo permanecendo saudáveis em outros aspectos comportamentais e cognitivos.
Para validar o achado nos animais, os pesquisadores também analisaram tecidos cerebrais de pacientes com Alzheimer em fase inicial. Eles identificaram sinais semelhantes nos bulbos olfatórios, com aumento de atividade de células de defesa do cérebro (microglias), indicando que o processo observado nos animais pode estar presente também em humanos.
E o que isso significa?
Segundo os pesquisadores, a perda de olfato pode ser um sinal sensorial precoce e subestimado da doença de Alzheimer, com potencial para se tornar um marcador importante de diagnóstico.
Com isso, no futuro, testes de olfato podem ajudar a identificar a doença muito antes do aparecimento dos sintomas clássicos, aumentando as chances de um tratamento antes do avanço da doença.
Perda do olfato pode ser um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer, indica estudo
